O Atlanta Hawks colocou todos os seus jogadores para troca no início da offseason, mas com Pascal Siakam na equipe, a briga seria pelo mando de quadra. A equipe, que durante o período de férias recebeu o armador Dejounte Murray em negociação com o San Antonio Spurs, ainda não está pronta o suficiente. Então, montamos uma alternativa que ajudaria não só o Hawks, mas também o Toronto Raptors.
Vamos entender alguns fatos, entretanto.
Qual é a posição carente do Raptors nos últimos anos?
Desde as saídas de Marc Gasol e Serge Ibaka, o time canadense vem sofrendo ano a ano no garrafão. Não exatamente nos rebotes, pois a situação melhorou consideravelmente por conta de um nome que muita gente nem imaginava: Scottie Barnes.
Embora calouro, Barnes liderou o Raptors em rebotes ofensivos, colocando o time na segunda posição no quesito. Entretanto, nos defensivos, a equipe teve a pior performance da liga. Ou seja, a falta de altura na área pintada fez com que Toronto permitisse 10.3 rebotes ofensivos do oponente.
Então, a negociação para o Raptors já vai fazer sentido.
Por outro lado, o Hawks receberia Pascal Siakam em uma troca para resolver dois problemas. Primeiro, daria tempo de quadra a Onyeka Oknongwu. Em seguida, teria um jogador muito melhor defensivamente que John Collins. Isso, sem contar com o fato de que Siakam pode carregar um time ofensivamente.
A troca que levaria Pascal Siakam para o Hawks
Vejo como uma negociação benéfica para os dois lados. Siakam é um All Star, apesar de que pouca gente notar isso. Ele sabe pontuar, defende muito, é rápido em transição, passa bem a bola e tem arremesso de três. Vale ressaltar que ele registrou 22.8 pontos, 8.5 rebotes, 5.3 assistências e 1.3 roubo de bola.
Imagine, então, ele jogando ao lado de Trae Young e Dejounte Murray, ambos facilitadores. Sem contar que, do banco, Bogdan Bogdanovic faz o mesmo.
Portanto, a ideia faria o Hawks brigar pelo mando de quadra.
Pelo lado do Raptors, Clint Capela resolveria, de uma vez por todas, a ausência deste cara grande e intimidador no garrafão. Além de ser um grande defensor, ele é ótimo nos rebotes dos dois lados da quadra. Não por menos, ele liderou a NBA em 2020/21 com 14.3, enquanto produziu 15.2 pontos e bloqueou dois arremessos por partida.
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Então, sim, é algo que o Raptors amaria receber.
Mas o Hawks ainda enviaria John Collins. um 20-10 em potencial. Ou seja, capaz de anotar 20 pontos e pegar dez rebotes todas as noites. Além disso, ele é muito bom arremessador de três.
Para completar, o Raptors mandaria Khem Birch para ser o reserva de Okongwu.
Os times ficariam assim
Hawks: Trae Young, Dejounte Murray, De’Andre Hunter, Pascal Siakam e Onyeka Okongwu. Enquanto isso, o banco teria Aaron Holiday, Bogdan Bogdanovic, Justin Holiday, AJ Griffin ou Jalen Johnson e Khem Birch.
Raptors: Fred VanVleet, Scottie Barnes, OG Anunoby, John Collins e Clint Capela. Por outro lado, os principais reservas seriam Dalano Banton, Gray Trent Jr, Otto Porter, Precious Achiwua e Chris Boucher.
Antes de tudo, os salários batem, de acordo com as regras da NBA.
Se tem uma coisa que a direção do Hawks quer é dar mais espaço para Okongwu.
Se o time de Atlanta perde a envergadura de Capela (2,25 metros), compensa com os 2,22 metros de Siakam. Okongwu tem 2,16 metros no quesito.
É melhor para o Hawks?
Definitivamente, sim.
Enquanto o time “perde” dois titulares, chega Siakam que é um jogador de outro patamar. Além disso, o Hawks ganha dos dois lados da quadra com o camaronês. Ele vale o dois por um, na teoria, pois na prática Birch vai para Atlanta.
Mas um grande detalhe é que faria a equipe crescer: a defesa.
O que já era um dos objetivos da diretoria, uma dupla de garrafão com Siakam e Okongwu deixaria os adversários em situação ruim. Ou seja, majoritariamente, os arremessos dos oponentes teriam de ser feitos de média ou longa distância.
Se Young é um problema defendendo, Murray é um especialista.
Então, a ideia seria o Hawks deixar de ser um time potencialmente de play-in, com uma sétima ou oitava posição no Leste para brigar na parte de cima.
É melhor para o Raptors?
Sim, claro.
Primeiro, o time canadense mataria o problema no garrafão, diminuiria muito as segundas chances de seus adversários. E Collins pode evoluir defensivamente. Sem Siakam, a coordenação ofensiva ficaria ainda mais nas mãos de VanVleet e Barnes, o que não seria exatamente um problema.
Para o Raptors, contar com dois jogadores muito bom naquilo que fazem, é tudo bônus.
Imagine Capela recebendo passes longos de Barnes. Collins aberto para receber um passe extra. Enfim, o Raptors teria um quinteto titular muito forte, acostumado com defesa (Barnes, VanVleet, Capela e Anunoby são excelentes no quesito), fazendo com que o seu novo ala-pivô tenha ainda mais chances de evoluir ali.
Por fim, Toronto também poderia brigar pela parte de cima, distribuindo mais as funções ofensivas.
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